O Mosteiro de Santa Maria da Vitória, mais conhecido como o Mosteiro da Batalha, é uma obra magnífica, classificada como Património Mundial pela UNESCO, de estilos manuelino e gótico, que foi feita no século XIV para cumprir a promessa que D. João I para fizera à Virgem após a vitória sobre os castelhanos na batalha de Aljubarrota em 1385.
Nesta batalha, 6.500 portugueses, sob o comando de Nuno Álvares Pereira, com o apoio de várias centenas de soldados britânicos expulsaram um exército de 30.000 liderado por João I de Castela, que pretendia reivindicar o trono de João D'Avis. Por este grande feito e porque o General teve um papel vital durante a crise portuguesa de 1383-85 em que Portugal lutou contra Castela pela sua independência, hoje podemos ver uma honorífica estátua equestre diante do mosteiro.
D. João pediu ajuda à Virgem Maria, e prometeu construir este mosteiro em troca de vitória. Três anos depois cumpriu a sua promessa e iniciou a construção desta abadia monumental.
Em 1434 grande parte do mosteiro já tinha sido construída em estilo gótico flamejante (a igreja, a Sala do Capítulo, a Capela do Fundador e o Claustro Real); mas a jóia deste monumento são os detalhes manuelinos, graças aos acréscimos feitos no XV e XVI. Os trabalhos só pararam em meados do século XVI, quando João III concentrou os seus esforços na construção do Convento de Cristo de Tomar.
Exterior:
O exterior deste impressionante edifício é ocre e apresenta numerosos pináculos, arcobotantes, parapeitos, corrimões e janelas esculpidas em estilo gótico flamejante; capelas e colunas octogonais. A varanda oeste contém arcos sobrepostos que envolvem anjos, apóstolos, profetas, santos e Cristo.
Interior:
O interior possui um estilo gótico abobadado simple e de grandes dimensões, e é iluminada por vitrais coloridos.
Ao entrar, à direita, encontramos a Capela do Fundador, uma impressionante sala com uma forma quadrada e tectos altos iluminada por uma lanterna octogonal. No centro está o túmulo de D. João I e sua esposa inglesa Philippa Lancaster, cujo casamento em 1387 marcou uma forte aliança entre Portugal e Inglaterra, com esculturas dos dois monarcas de mãos dadas. Na parede sul da capela, encontramos os túmulos dos quatro filhos do casal.
Claustro Real:
Foi construído por Afonso Domingues num estilo gótico sóbrio mas conta com acréscimos no estilo manuelino efectuadas por Diogo de Boitaca. Cada um dos arcos que o compõe é um elaborado conjunto de símbolos manuelinos. Os três lindos cipreses do pátio central reproduzem a forma das torres góticas da Sala do Capítulo.
Claustro de Dom Afonso V:
Este claustro é de um estilo gótico mais sombrio, tendo sido desenhado pelo maestro Fernão de Évora.
Sala do Capítulo:
Está situada a este do Claustro Real. Foi construída no século XV e contém um lindo e colorido vitral do século XVI.
A construção da enorme cúpula (com cerca de 19m2) foi considerada tão perigosa, que foi efectuada apenas por presos no corredor da morte.
Este quarto é o lar dos túmulos dos soldados desconhecidos, que são vigiados por uma guarda de honra de forma permanente.
Capelas Imperfeitas:
Estas capelas inacabadas, sem telhado,são um dos aspectos mais surpreendentes e sedutores da Batalha. O acesso só pode ser feito pelo exterior do mosteiro. O mausoléu é octogonal e tem sete capelas que foram encomendadas por D. Duarte, filho de D. João I, em 1437. Foi posteriormente ampliado com o acréscimo de extraordinários detalhes manuelinos pela mão do arquitecto Mateus Fernandes e apesar de nunca ter sido concluído, surpreende pelo seu requinte. O mais impressionte é o pórtico de 15 metros de altura, com flores, caracóis e outros motivos vegetalistas esculpidos em pedra. O túmulo de Dom Duarte e da sua esposa estão logo à entrada. No antigo refeitório e cozinha encontramos agora o Museu das Oferendas ao Soldado Desconhecido.
Mosteiro da Batalha, Batalha.
Entrada Individual: 6 €.
Entrada conjunta para vários monumentos (Alcobaça, Batalha e Convento de Cristo): 15 €.
A entrada é gratuita todos os domingos e feriados até às 14h00.
Existem descontos para reformados, portadores de cartão jovem, famílias e antigos combatentes.
De Abril a Setembro das 9H00 às 18H00.
De Outubro a Março das 9H00 às 17H00.
Encerra a 1 de Janeiro, 1 de Maio, Sexta-Feira Santa, Domingo de Páscoa e 25 de Dezembro.
(+351) 244 765 497.
Mapa Interactivo:
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